CINEMA PERPÉTUO SOCORRO REABRE 30 ANOS DEPOIS DO SEU ENCERRAMENTO
A reabertura da "Sala Estúdio Perpétuo" está marcada para sexta-feira, dia 1 de outubro. A sala conta com mais de 400 lugares, e terá o cinema e a música como principais apostas.
Redação
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30 de Setembro 2021, 18:40
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Após 30 anos do seu encerramento, a sala de cinema dos anos 70, Perpétuo Socorro vai reabrir com uma programação centrada na música e cinema. A sala reabre na sexta-feira, Dia Mundial da Música, com um concerto da Orquestra Filarmónica Portuguesa.

Em conferência de imprensa, Carlos Martins, responsável pela programação do espaço, explicou que este não será “um lugar de consumo cultural, mas sim um lugar de encontro” para acolher o público, mas também promotoras independentes de música e companhias de teatro da cidade, como a Seiva Trupe que apresentará um novo projeto para este local já nas próximas semanas.

Os filmes clássicos serão o foco da programação cinematográfica. A estreia do grande ecrã está reservada ao filme “O garoto de Charlot”, de Charlie Chaplin, mas de acordo com Carlos Martins, “também haverá colaborações com os filmes vencedores do festival Indie desta última edição, com essa ideia de se juntar passado, presente e futuro no mesmo lugar”.

No que diz respeito à música, a Orquestra Filarmónica, constituída essencialmente por músicos da região Norte de Portugal, sobe ao palco no dia de reabertura do espaço, mas no sábado (02.10) haverá “novas bandas de rock do Porto a atuar, mantendo essa ideia de lugar de encontros entre expressões, entre formas de ver o mundo, entre culturas, entre países”, destaca o responsável pela programação.

“Há poucos espaços e os que existem têm de ser marcados com muita antecedência, e têm uma programação que também é muito intensa, e isso impede que esses novos criadores possam ter um circuito de apresentação, ou fazem-no em bares e em condições nem sempre ideais”, acrescentou.

A programação familiar vai ser também uma das prioridades já que “não existe uma oferta muito estruturada para famílias, que permita, por exemplo, que pais e filhos possam vir ao cinema em simultâneo. A nossa preocupação é encontrar formatos, tempo e modelos de apresentação adequados ao consumo em família”, menciona Carlos Martins, destacando também que a organização pretende fazer uma aproximação ao sistema escolar” para que os estudantes e professores possam assistir a um filme ou experimentar uma oferta musical.

A Sala Estúdio, desenhada pelo arquiteto Luís Cunha, foi inaugurada em 1966 e considerada “um marco cultural no Porto” durante a década de 70, mas encerrou no início dos anos 90.

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