PROJETO ARQUEOLÓGICO EM MOURA PARTILHA DOCUMENTOS HISTÓRICOS
Várias iniciativas no Alentejo vão beneficiar de fundos da Direcção-Geral do Património Cultural para o desenvolvimento da arqueologia no país.
Redação
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30 de Setembro 2021, 15:59
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Câmara Municipal de Moura vai realizar uma intervenção arqueológica no Castelo, incluindo a digitalização de materiais para partilha com a comunidade cientifica. Para isso, conta com um apoio financeiro extraordinário da iniciativa Projetos de Investigação Plurianual em Arqueologia 2021.

A Direcção-Geral do Património Cultural, responsável pela gestão da verba de cerca de 200 mil euros, recebeu 31 candidaturas elegíveis para o apoio financeiro extraordinário. 

O teto máximo atribuído foi de dez mil euros aos projetos “Perdigões: apogeu e crise de um grande recinto de fossos. 2019-2023″ e  “Ocupação Humana Plistocénica nos Ecótonos do rio Lis – Segunda fase. 2021-2025”, da responsabilidade de Telmo Jorge Ramos Pereira e coordenado com o Município de Reguengos de Monsaraz.  A intervenção no Castelo de Moura recebeu 5250 euros, já a iniciativa de “Valorização das Ruínas Romanas de Tróia” foi totalmente financiada pelo fundo da Direcção-Geral do Património Cultural. 

Em Moura, Santiago Macias é o responsável pela intervenção no edifício histórico. O investigador esclarece que “este apoio extraordinário não é um subsídio entregue ao arqueólogo, mas sim, um apoio destinado a matérias específicas”, acrescentando que, no caso das intervenções no Castelo de Moura, o que está a ser discutido é “a possibilidade de digitalizar materiais e disponibilizá-los. Os materiais, nomeadamente relatórios, fotografias, desenhos de materiais arqueológicos e cortes, estão na minha posse e devem ser disponibilizados à comunidade cientifica”, disse ao jornal A Planície. 

Vale ainda a pena realçar que o Castelo de Moura tem um projeto arqueológico em curso há 30 anos, e o seu impacto permitiu a não só a publicação de vários livros sobre o assunto, mas também a abertura de exposições e a colaboração com museus nacionais e internacionais. O Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi uma das instituições que recebeu alguns materiais das escavações arqueológicas feitas em Moura. 

A Direção-Geral do Património Cultural destaca que o financiamento de cada projeto teve em consideração as avaliações atribuídas a cada candidatura por parte do Painel Nacional de Avaliação, mas, também, o cumprimento das obrigações definidas no Regulamento de Trabalhos Arqueológicos pelo investigador responsável e ainda a elegibilidade das despesas propostas e a conformidade das mesmas. 

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