O projeto EU-SCORES (sigla em inglês) vai utilizar sistemas solares, eólicos offshore e das ondas, através da instalação de dois parques piloto na Europa, um em Portugal e outro na Bélgica.
Bernardo Silva, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), instituição escolhida para integrar o projeto, afirmou no comunicado de divulgação que: “a abordagem híbrida permitirá um fornecimento de eletricidade mais confiável e constante, já que temos diferentes fontes de geração de energia, e uma fonte pode compensar a outra quando a produção de uma delas for insuficiente. A utilização em simultâneo de infraestruturas elétricas críticas e a exploração de metodologias avançadas de operação e manutenção do parque híbrido, apoiada por sistemas autónomos inovadores, também trará benefícios ao nível da redução de custos por MWh”, disse.
Esta ideia nasce no âmbito do objetivo de atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Para isso, o aproveitamento eficaz e eficiente de energias renováveis é determinante.
Em Portugal, os planos incluem um parque de energia das ondas de 1,2 MWh, instalado perto da costa da Aguçadoura (Póvoa do Varzim), pela empresa CorPower Ocean, Lda. O intuito é permitir a recolha de dados científicos relevantes para análise, dada a proximidade ao parque eólico offshore Windfloat Atlantic, em Viana do Castelo.
Ao largo de Viana será ainda instalado um hub que, entre outras coisas, dará a possibilidade de ligação de um parque de 10MWh de energia das ondas, tirando partido da infraestrutura submarina existente.
O projeto recebeu um financiamento de 45 milhões de euros do programa de investigação e inovação Horizonte 2020 no âmbito do Green Deal, da União Europeia.
